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Itajaí sofre com carência de equipamentos para dragagem

A falta de equipamentos disponíveis para a realização da dragagem de aprofundamento tem tirado o sono dos gestores do Porto de Itajaí (SC). A dificuldade causada pela concentração das dragas nas mãos de empresas chinesas, belgas e holandesas é lamentada pelo superintendente do porto catarinense, Antonio Ayres dos Santos. A Autoridade Portuária local chegou a realizar testes com a draga Copacabana, que atualmente se encontra no Porto de Rio Grande (RS), mas não obteve sucesso.

A Copacabana pertence à empresa Bandeirantes Dragagem e Construção, do Rio de Janeiro, e reúne moderna tecnologia. Mas o rendimento da experiência efetuada em Itajaí foi baixo. “O tempo antes estipulado não pôde ser atendido e, assim, rompeu-se o contrato”, disse Ayres ao PortoGente. Os inúmeros compromissos firmados pela Secretaria Especial de Portos (SEP) para atender ao Programa Nacional de Dragagem (PND), opina o superintendente, vai aumentar a procura pelas dragas e reduzir a quantidade de equipamentos capacitados para realizar os serviços necessários País afora.

Correndo contra o tempo, o Porto de Itajaí vislumbra duas dragas para operar em seu canal de acesso. Uma delas, segundo Ayres, está trabalhando em Ubú (ES). A outra é de uma empresa norte-americana e que já está a caminho do Rio Itajaí-Açu para executar uma dragagem a montante. O equipamento já saiu do Bahrein e na próxima semana já deverá estar no estado catarinense. O acordo para realizar a dragagem de aprofundamento, todavia, vai depender da negociação comercial com a proprietária da draga.

Manutenção

A restrição de profundidade do canal de acesso ao cais ainda prejudica a entrada de navios que chegam cheios de mercadorias em Itajaí, em especial os oriundos da Ásia, conforme já mostrou reportagem do PortoGente. Isso acontece porque as embarcações com origem no Oriente transportam grandes quantidades de cargas importadas pela indústria brasileira, o que as torna mais pesadas e demanda uma profundidade maior para a atracação dos navios.

O superintendente Antônio Ayres aponta que o Porto tem recebido números recordes de atracação, mas as embarcações estão trabalhando com menores quantidades de carga devido à restrição de profundidade do canal de acesso. “Antes da enchente, os navios saíam com calado de 10,5 metros, agora estão saindo com 9,5 metros. E um metro é muita diferença para um navio que carrega contêineres”.

Atualmente, Itajaí passa por uma dragagem de manutenção que, de acordo com o superintendente, está atuando em pontos críticos. “Temos um banco de areia na saída da barra que esse equipamento de manutenção não está conseguindo remover. O banco tem 300 mil metros cúbicos e está restringindo o calado em 10,3 a 10,5 metros, enquanto nós precisamos de 12 metros, que é o ideal.

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