Notícias


Obras de ampliação do cais de Imbituba são reiniciadas

As obras de recuperação dos molhes, ampliação do cais e dragagem do Porto de Imbituba, em Santa Catarina, que haviam sido embargadas no dia 13 de agosto pelo ICMBio (Centro Nacional de Pesquisa e Conservação dos Mamíferos Aquáticos) foram reiniciadas na semana passada.

Graças ao entendimento entre as partes envolvidas - a administração do Porto de Imbituba, Tecon Imbituba, Construtora Andrade Gutierrez, Projeto Baleia Franca e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - e ao monitoramento das baleias francas na região portuária e em seu entorno, os trabalhos puderam ser retomados no último dia 6 com o retorno do bate-estacas.

Segundo o gerente de Qualidade, Meio Ambiente, Saúde e Segurança da Construtora Andrade Gutierrez, Ricardo Kasper, houve receio quanto ao início das atividades apenas no primeiro dia, pois a dificuldade na visibilidade pela manhã ocasionou paralisação no monitoramento. "Não podemos cravar estacas se não houver condições de monitoramento ou quando a bandeira vermelha é acionada, acusando a presença das baleias francas. Desde a tarde de terça-feira, porém, pudemos trabalhar normalmente", explicou.

Na opinião de Kasper, a comunicação está muito eficiente para todos os envolvidos e durante o período de montagem do bate-estacas houve adaptação dos funcionários ao procedimento. "Apesar de toda a preocupação que a Construtora Andrade Gutierrez tem com o meio ambiente, isto tudo é novo por ser algo muito específico da região. O que nos deixa ainda mais satisfeitos é o comprometimento de nossos funcionários. Mesmo aqueles que não dependem do monitoramento para realizarem seus trabalhos estão sempre atentos às bandeiras, ligados à operação e à presença das baleias francas na região. A conscientização dos colaboradores atende diretamente à política ambiental da empresa", observa.

O administrador do Porto de Imbituba, Jeziel Pamato de Souza, revela que tem a sensação de dever cumprido no que tange à atuação para o desembargo e retomada das atividades, o que prova que a decisão de buscar o entendimento foi a melhor solução para o empreendimento.

"O que está em execução atualmente é fruto de um trabalho árduo que vem sendo feito ao longo de seis anos pela Companhia Docas de Imbituba, a fim de melhorar e ampliar o Porto. Só há possibilidade de desenvolvimento se houver uma postura de diálogo desde o início dos processos entre autoridades ambientais e empreendedores", enfatizou.

Na prática, o monitoramento é feito em três pontos fixos, um localizado em uma encosta próxima ao cais, outro no Morro do Farol e um terceiro no costão da Praia da Ribanceira. O segundo e o terceiro ponto servem de apoio e segurança ao monitoramento realizado no ponto fixo do cais.

"Com as informações dos outros dois pontos fixos, temos a segurança quanto ao posicionamento e ao deslocamento das francas, o que torna mais eficiente o nosso trabalho. A comunicação é instantânea e a margem de segurança nos deixa satisfeitos no que diz respeito à proteção da espécie. Sexta-feira, por exemplo, 13 grupos de baleias francas estavam na Praia da Ribanceira, mas nenhum se deslocou em direção ao Porto e não foi necessária a paralisação das atividades", explicou a gerente de campo do Projeto Baleia Franca, Audrey Amorim.

O Programa de Monitoramento das Baleias Francas do porto fomentará documentos científicos inéditos sobre o comportamento da espécie diante de atividades portuárias.

  •   Av. Coronel Eugenio Muller, 383 - Centro, Itajaí - SC
  •   (47) 3241-9100 | (47) 98805-3702
  • ogmo@ogmoitajai.com.br