Los Angeles e Long Beach baixam preços para combater rivais
Os portos de Los Angeles e Long Beach estão perdendo sua parcela no mercado para seus rivais no México, no Canadá e também para outros portos dos EUA. "Pode demorar um pouco mais, mas as empresas se sentem mais seguras usando vários meios para entregar sua carga aos clientes, ao invés de simplesmente se acomodarem em Los Angeles and Long Beach," diz o economista John Husin."O tempo no qual Los Angeles e Long Beach eram o maior corredor do comércio acabou", atesta o professor do Instituto de Portos e Hidrovias Nacional em Washington, Asaf Ashar. "Agora você tem até sete candidatos que disputam o mesmo negócio, e cada um deles tem planos muito grandes."
De acordo com John Husing, os embarcadores diversificaram os portos usados, incluindo Canadá e a costa oeste da América (particularmente os portos de Vancouver, Houston e Savannah).
Com o intuito de atrair investidores, Los Angeles diminuiu suas taxas de serviço a ponto de reduzir a receita em quase US$ 26 milhões. Long Beach não tem intenção de diminuir tanto a arrecadação, mas já estuda rever os contratos de arrendamento de terminais com os operadores e cancelar uma taxa de infraestrutura que era cobrada para cada volume movimentado na área.
Estas ações são consequências do ano decepcionante de 2009, quando os dois portos movimentaram 2,5 milhões de contêineres a menos do que em 2008, que contava com um total de 11,7 milhões de unidades. Em comparação com 2006, Los Angeles e Long Beach alcançaram o recorde de 15,8 milhões de equipamentos. Em 2007, foram 15,7 milhões de contêineres, em meio ao crescente comércio com a Ásia, depois de seus volumes terem dobrado desde 1998.
Em 2000, o investimento competitivo era bem diferente: "Cinco dos 10 portos mais movimentados do mundo eram nos EUA e Europa. Los Angeles e Long Beach ficaram em sétimo e oitavo no ranking, respectivamente. Agora, sete dos portos mais usados são na China, enquanto Los Angeles e Long Beach estão em 16° e 17° lugares. A mudança reflete não apenas a ascensão da China como força econômica dominante, mas também como os varejistas dos EUA e as companhias que transportam seus produtos expandiram seus negócios."