Rio Grande e Imbituba começam 2010 com mudanças e modernizações
Os portos de Rio Grande (RS) e Imbituba (SC), no sul do Brasil, iniciam 2010 com novidades e muito gás para tentar se destacar no concorrido sistema portuário nacional. O porto gaúcho terá que lidar com uma mudança de comando para se firmar como hub port do Mercosul - o que promete há muito tempo, mas ainda não conseguiu -, enquanto o terminal catarinense, único no País administrado por uma empresa privada, aguarda verbas públicas e de investidores para ampliar suas operações.Alegando motivos de ordem pessoal – mas que pode ter intenções políticas -, Janir Branco, ex-prefeito municipal, se desligou da Superintendência do Porto do Rio Grande (Suprg) e abriu espaço para o engenheiro civil Antônio Jayme Lima Ramis. A posse de Ramis ocorreu no dia 23 de dezembro do último ano. Ele chega com a missão de divulgar o Porto além das fronteiras gaúchas e capacitá-lo para inclusão em novas rotas comerciais internacionais. A nomeação, feita pela governadora Yeda Crusius (PSDB), foi simultânea à do novo diretor Administrativo e Financeiro da Autoridade Portuária, Jesus Iroci Couto Carrasco.
Outro desafio do novo superintendente em 2010 é aplicar os R$ 84 milhões oriundos do Governo Federal para a modernização do chamado Porto Novo, cais público que reúne operações de carga geral, roll-on-roll-off e reparo naval, conforme já mostrou reportagem de PortoGente. Ramis [foto] é funcionário aposentado da Suprg e pretende estabelecer as metas para este ano a partir das reivindicações do governo estadual, de parlamentares e de toda a comunidade portuária local.
Em Imbituba, o administrador do Porto, Jeziel Pamato de Souza, segue o mesmo. Mas o terminal marítimo virou um grande canteiro de obras, exemplo do Brasil que o governo Lula quer. O Governo Federal, por exemplo, arcará com a retificação e ampliação dos molhes e com a expansão do cais. Imbituba receberá o montante de R$ 40 milhões de Brasília para finalizar a questão dos molhes até o final deste ano, prazo também para a finalização do aumento da área de atração dos berços 1 e 2, que ficaram paralisados durante 2009 devido à perturbação que o bate-estacas estava causando às baleias locais.
Outros R$ 80 milhões chegarão à Imbituba a partir de investimentos da Santos-Brasil. O terminal de contêineres será a alavanca para modificações na vida da Cidade, de acordo com a visão do prefeito José Roberto Martins (PSDB). Ele alerta, entretanto, para o desafio de ampliar os acessos terrestres aos portos, já que a operação de contêineres deverá pular dos atuais 1.500 cofres para até 30 mil em 2013. Mas para o Executivo, Martins aponta uma consequência muito boa na expansão. “[A ampliação] representará um volume maior de recursos para o município, que nem temos como estimar por enquanto”.